Saúde

Acne (espinhas): como tratar e evitar as cicatrizes?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 19/09/2018Última atualização: 20/10/2021
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 19/09/2018Última atualização: 20/10/2021
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A acne é um problema de pele muito comum e é difícil alguém que não tenha sofrido com o problema em alguma fase da vida. Mais frequente na adolescência, pelas oscilações hormonais, a condição costuma abalar a autoestima.

Na fase adulta a acne também pode ser um problema presente, mas, felizmente, existem várias formas de tratar o problema.

Confira no texto a seguir tudo sobre a condição!

O que é a acne?

A acne é uma doença de pele causada pela obstrução dos poros em resposta à inflamação das glândulas sebáceas. Assim elas acabam produzindo o sebo da pele em excesso. Quando os poros ficam entupidos, surgem os cravos e os outros sintomas como as espinhas, pústulas e cistos.

A acne é considerada uma doença crônica e não apenas uma alteração passageira e limitada ao período da adolescência.

Apesar de ser mais frequente nessa fase, a acne pode se manifestar também em adultos, em diferentes fases e por motivos diversos.

Nos adolescentes, essa doença é mais comum porque é nessa fase que a produção de hormônios é maior.

Sendo predominante durante a puberdade, fase naturalmente conturbada pelas mudanças no corpo do adolescente, a acne se torna ainda mais um fator negativo.

Comumente, problemas de autoestima, insegurança e timidez estão associados à doença.

De modo geral, normalmente a causa está relacionada a fatores hormonais, estresse, idade, oleosidade natural da pele, genética, gestação, período pré-menstrual e clima.

Por ter, em casos mais graves, um caráter desfigurante, a acne é uma condição que afeta os pacientes física, social e psicologicamente.

De acordo a Organização Mundial da Saúde, que reconhece a acne como doença, o tratamento deve ser feito precocemente e orientado por um médico especialista

Assim, é possível prevenir complicações como diminuição da autoestima, depressão e até mesmo discriminação.

Segundo o Ministério da Saúde, a acne é responsável por afetar 80% dos jovens entre 15 e 25 anos e 30% da população adulta.

No CID-10 a acne é encontrada pelo código L70.

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Acne, espinha ou cravo?

Apesar de muitas vezes serem usados como sinônimos, há diferenças.  A acne é o nome dado à inflamação que ocorre na pele, que pode ser leve ou grave. Já as espinhas são um dos sinais da acne. É um tipo comum da lesão, caracterizada pela presença de pequenas elevações avermelhadas na pele, com presença ou não de pus em seu centro.

Por outro lado, os cravos, geralmente, são facilmente reconhecidos. As pessoas já sabem que se tratam daqueles pontinhos, brancos ou pretos, espalhados pelo rosto.

Da mesma forma que as espinhas, os cravos também são um tipo de lesão da acne, sendo o cravo apenas o entupimento dos poros e a espinha seu estágio mais avançado, com a presença de uma inflamação por bactéria.

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Acne é transmissível?

Não, a acne não é transmissível, por isso não é possível passar ou pegar de outra pessoa o problema. Mesmo sendo provocada por uma proliferação bacteriana nos folículos pilosos, a acne não é contagiosa, mesmo em contato físico com as lesões.

Graus

A acne recebe cinco classificações de acordo com o grau de acometimento. Ainda dentro dessas divisões, pode ser considerada como leve, moderada ou grave. Essa classificação recebe as seguintes denominações:

Acne comedoniana (grau I)

A acne comedoniana, ou acne de grau I, é um tipo considerado leve e não inflamatório. Tem como principal característica a presença de comedões abertos (cravos pretos) e comedões fechados (cravos brancos ou da cor da pele).

As pessoas que sofrem desse tipo de acne tendem a ter uma maior presença de cravos na região do nariz, testa e queixo.

Acne pápulo-pustulosa (grau II)

A partir do grau II, a acne passa a ser uma condição inflamatória, como ocorre na acne pápulo-pustulosa.

Esse tipo da doença é caracterizado pelo surgimento de cravos e espinhas avermelhadas. Nesses casos, o número de comedões é bem mais elevado do que na acne comedoniana.

É também o tipo mais comum de acne em adolescentes, que em um momento ou outro desse período, experimentam esse tipo de problema de pele. O rosto é a parte mais afetada por esses cravos e espinhas.

Acne nodulocística (grau III)

É um tipo mais grave de acne, em que ocorre a presença de pápulas com vermelhidão, presença de pus, seborreia e cravos. Por atingir uma camada mais profunda do pelo, esse tipo de acne pode provocar nódulos ou até mesmo pseudocistos.

Esses pseudocistos, diferente de cistos “verdadeiros”, não apresentam um revestimento próprio. Isso significa que os pseudocistos da acne não são, de fato, cistos epidérmicos, mas sim lesões compostas de fluido.

Normalmente, a gravidade da acne nodulocística é medida pelo tamanho e número de lesões presentes no paciente, considerado preocupante quando se tem a presença de 10 ou mais lesões com 4mm de diâmetro.

O diagnóstico da acne nodulocística também acontece quando as lesões se mostram resistentes à terapia habitual.

Nesses casos, as lesões aparecem no rosto, mas também se espalham pelo tronco, podendo deixar cicatrizes com mais frequência do que os outros tipos.

Alguns pacientes podem sofrer com complicações como a queloide, um tipo de cicatriz mais saliente que surge após a cura de um ferimento.

Acne conglobata (grau IV)

É considerado um grau grave de acne, em que os sintomas já presentes nos casos de acne nódulo-cístico se tornam ainda mais sérios.

No entanto, nesse grau, soma-se aos sinais os nódulos purulentos, em maior quantidade e tamanho, que acabam formando bolsas de pus (abscesso).

A acne conglobata é uma acne inflamatória e que pode ser desfigurante. É mais comum em homens, mas pode afetar ambos os sexos.

As lesões podem ocorrer no rosto, tronco e outras áreas do corpo como braços, pescoço, tórax e glúteos.

Acne fulminante (grau V)

A acne fulminante é a manifestação mais grave da acne, pois ocorre de forma súbita e com sintomas mais preocupantes.

Além das lesões graves na pele, esse tipo também provoca sintomas como febre, mal-estar, fadiga e dores no corpo. Pode, ainda, causar hemorragias e necrose em algumas lesões.

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Tipos

Os tipos de acne podem ser compreendidos também pela causa ou faixa etária em que ocorrem. Além disso, em algumas condições, os tipos de acne podem ocorrer de forma simultânea, como no caso da acne vulgar e cosmética, por exemplo.

Acne neonatal

Estima-se que a cada 10 recém-nascidos, 1 apresenta a acne neonatal entre a terceira e a quarta semana de vida. Com o tratamento adequado, as acnes tendem a desaparecer dentro de quatro a cinco semanas, sem deixar cicatrizes.

É considerado um problema simples de pele, que não tem relação com o leite materno. Muitas vezes, é confundido também com a miliária, uma condição em que dezenas de pontinhos vermelhos se espalham pelo corpo do bebê.

A acne neonatal é causada por alterações hormonais estimuladas pelos andrógenos maternos (hormônios como o testosterona e estrógeno), não tendo relação com outros tipos de acne.

Ela pode provocar espinhas inflamatórias pelo rosto do recém-nascido, mas o aparecimento apenas de cravos é o mais comum.

O tratamento, normalmente, consiste na higiene da pele com o uso de sabonete infantil e o auxílio de panos limpos e macios para secar.

Não se deve esfregar a pele da criança e nem fazer uso de outros produtos que não sejam recomendados pelo médico.

Embora seja uma condição leve, é recomendado que os pais se atentem ao possível surgimento de bolhas ou espinhas com pus, pois pode ser um alerta para outros problemas.

Acne infantil

Ocorre, normalmente, entre os primeiros 3 a 6 meses de vida e, diferente da acne neonatal, não possui relação com os hormônios maternos. Ainda que seja menos comum, também pode acontecer por volta de 1 a 2 anos de idade.

A causa desse tipo de acne está associada a alterações hormonais da própria criança, que acaba desenvolvendo pápulas inflamatórias e pústulas na pele do rosto.

O acompanhamento desses casos por um dermatologista é importante e a prevenção, posteriormente, também. Crianças que tiveram acne infantil apresentam um risco maior de desenvolverem acne grave na adolescência.

Acne vulgar ou juvenil

É o tipo mais comum de acne durante a adolescência. Devido às alterações hormonais, que oscilam nessa fase da vida, há um aumento na produção da glândula sebácea, o que acaba resultando no surgimento dos cravos e espinhas.

A acne vulgar é, normalmente, mais comum em pessoas do sexo masculino. Acredita-se que durante essa fase todos terão esse tipo de acne, mas em diferentes graus.

Acne da mulher adulta

Acomete mulheres com 25 anos ou mais, que podem (ou não) ter apresentado acne vulgar na adolescência. A principal característica é a presença de espinhas inflamatórias, normalmente na região do queixo e próximo ao nariz. Nesses casos, a presença de cravos é menos comum.

A causa, geralmente, está relacionada a uma questão hormonal. O tratamento deve ser feito de forma contínua, pois é frequente o retorno das acnes nesses casos.

Acne pré-menstrual

É um tipo comum de acne, semelhante a acne vulgar, que se torna mais intenso durante o período pré-menstrual. Os casos mais graves de acne pré-menstrual devem ser investigados, para verificar a produção hormonal e descartar a hipótese de se tratar de uma doença hormonal ou da síndrome dos ovários policísticos.

Leia mais: Calendário Menstrual (tabelinha): como calcular o período fértil?

Acne adulta

Existem dois tipos de acne adulta: persistente e tardia.

Como o nome sugere, a acne persistente não permanece apenas por um período da vida, podendo acompanhar o paciente por longos anos. Normalmente, o problema de pele começa na adolescência.

A acne persistente costuma provocar espinhas inflamadas, nódulos ou cistos na região da boca, do queixo e na região do maxilar. São lesões mais doloridas do que as que aparecem na acne vulgar, podendo deixar cicatrizes.

Nos homens, a remissão pode acontecer por volta dos 25 anos, nas mulheres a acne persistente pode resistir até os 40 anos.

No caso da acne tardia, o surgimento acontece já na fase adulta e pode ser grave como a acne persistente.

Pode afetar o rosto, as costas e o peito das pessoas, tendo como causas fatores como alteração hormonal, medicamentos e até mesmo o contato de produtos de cabelo com a pele.

Acne androgênica

É causada pela produção excessiva dos hormônios, o que pode ser desencadeado devido a presença de doenças como a síndrome dos ovários policísticos ou por outras disfunções hormonais.

Além dos problemas de pele que provoca, a acne androgênica também pode estar acompanhada de sinais como seborreia, aumento dos pelos do corpo e queda de cabelo.

Acne cosmética

É mais comum em mulheres que utilizam produtos cosméticos que acabam entupindo os poros, chamados de comedogênicos. Normalmente, provoca mais cravos do que os outros sinais típicos da acne, como espinhas e inchaço.

Por ser causada por um fator externo, esse tipo de acne pode ser mais facilmente prevenido e tratado. Pessoas que possuem uma pele oleosa por natureza, devem evitar o uso de produtos cosméticos que não sejam oil free, ou de toque seco.

A acne cosmética pode acontecer simultaneamente a acne vulgar, podendo afetar o rosto, próximo às orelhas, costas e pescoço, devido ao contato com produtos como shampoo, condicionador, hidratantes e óleos corporais.

Acne escoriada

A acne escoriada é um tipo de acne associado à transtornos como a ansiedade, pois nesses casos, o paciente acaba provocando escoriações e cicatrizes na própria pele ao tentar espremer e cutucar as espinhas ou cravos.

É comum que as pessoas, nesse tipo de acne, fiquem cutucando as mesmas feridas, causando traumas e possíveis cicatrizes na pele.

Apesar de estar associado aos tipos de acne, o problema de pele não é o fator mais agravante, pois esse é um quadro que pode ser considerado neurótico ou psicótico.

As cicatrizes devem ser tratadas, mas para que esse tipo de acne seja curado é necessário também tratar o que está provocando esse impulso.

Acne praiana

Apesar desse nome, a praia em si não é o que provoca a acne. O que acontece é que durante o verão, ou em dias quentes em que as pessoas aproveitam para ir à praia ou ficar em piscinas, o uso de produtos como hidratantes e óleos é maior.

Por isso, para evitar o ressecamento da pele causado pelo calor, as pessoas aplicam produtos mais oleosos no corpo, o que pode desenvolver esse tipo de acne. Esses produtos devem ser evitados, pois podem acabar obstruindo os poros, favorecendo o surgimento de cravos e espinhas.

Acne solar ou estival

É causada por uma lesão no folículo da pele provocada pela queimadura do sol. O uso de protetores solares e produtos pós-sol acaba agravando ainda mais o surgimento desse tipo de acne, devido a oleosidade presente na composição.

Normalmente, as partes do corpo mais afetadas por esse tipo de acne são os ombros e o tronco.

Acne medicamentosa

A acne medicamentosa acontece como efeito colateral a determinados medicamentos, podendo causar lesões pelo rosto, pescoço, tronco e membros.

Geralmente, os medicamentos que provocam esse tipo de acne são os produzidos a base de hormônios sintéticos, que acabam por induzir um aumento da oleosidade da pele.

Entre as classes de remédios de uso contínuo mais comuns que podem provocar esse efeito adverso estão os anticoncepcionais, corticoides e os anticonvulsivos. Tratamentos hormonais também podem causar esse problema de pele.

Acne na gravidez

Durante o período de gestação, é comum que a mulher passe por algumas oscilações hormonais. Durante os primeiros meses, pode ocorrer o surgimento de espinhas e outras alterações na pele, como o melasma (manchas mais escuras).

Acne por fricção ou mecânica

Acontece por uma irritação provocada por fricção, que acaba causando um edema. É comum, nesse tipo de espinha, que ocorra uma infecção bacteriana, pela exposição causada pelo edema.

Normalmente, esse tipo de acne acontece pelo uso de roupas apertadas ou acessórios como bonés, chapéu, capacete, faixas e outros itens muito colados ao corpo.

Acne ocupacional

A acne ocupacional está associada ao contato com substâncias que podem causar maior oleosidade na pele ou que, de alguma forma, acabam agredindo-a. É mais comum em pessoas que trabalham em indústrias metalúrgicas, petrolíferas, mecânicas e químicas.

O que causa a acne?

A acne acontece quando há um entupimento dos poros, provocados pelo acúmulo de células mortas ou pelo aumento da oleosidade na pele. Muitos fatores podem contribuir para o aumento desse sebo, como variações hormonais, uso de medicamentos, estresse, genética, produtos cosméticos, suplementos e calor.

Essa espécie de gordura (sebo) é produzida pelas glândulas suprarrenais e tem como objetivo proteger a pele.

O problema está quando essa produção é excessiva, pois quando esse excesso se mistura às célula mortas, ambas as substâncias acabam formando um tampão no folículo piloso (estrutura que forma o pelo).

Nesses casos, o sebo acaba obstruindo o poro (orifício) da pele. Se o folículo está próximo da superfície da pele, ele irá inchar para fora, criando uma espinha.

Quando o folículo estiver aberto na pele, criará um cravo.

Consequentemente, o sebo em excesso pode aumentar as chances de bactérias crescerem no local, como é o caso da Propionibacterium acnes, que se alimenta das secreções fabricadas pelas glândulas sebáceas.

Dessa forma, quando essas bactérias entram em contato com os poros, acabam provocando uma inflamação e resultando no surgimento das lesões da acne.

A inflamação provoca lesões mais avermelhadas na pele. Em casos graves, quando a inflamação está mais avançada, a parede do folículo pode acabar se rompendo e liberando o material presente, como os ácidos graxos, bactérias, células e lípidos.

Esse rompimento pode levar a uma inflamação mais grave e mais profunda.

Entende-se, sendo assim, que a acne pode ser causada por três fatores principais:

Produção de sebo

O sebo, como visto, nada mais é do que uma substância oleosa secretada pelas glândulas sebáceas. Essa oleosidade é importante para a lubrificação da pele e do cabelo.

Muitos fatores podem influenciar nessa produção.

Um dos principais motivos é a alteração dos hormônios denominados andrógenos e estrógenos.

A produção de estrógenos é maior nas mulheres e a produção de andrógenos é mais comum no sexo masculino.

Esses hormônios são produzidos pelos ovários, testículos e pelas glândulas suprarrenais, sendo os hormônios andrógenos os responsáveis pelo funcionamento inicial das glândulas sebáceas.

Essas glândulas, mais ativas no rosto, peito, costas e couro cabelo, estão presentes no organismo das pessoas desde o nascimento. No entanto, é na puberdade que se mostram mais ativas.

Em pessoas que apresentam uma predisposição genética, essas glândulas são responsáveis por causar o aumento da oleosidade da pele e do cabelo.

Além de interferir no surgimento da acne, a produção sebácea também pode desencadear outros problemas, como a dermatite seborreica.

Contudo, embora a alteração hormonal seja um dos fatores principais para a produção de sebo, outros itens podem interferir nessa oleosidade da pele, tais como o clima, medicamentos e uso de produtos oleosos.

Colonização microbiana (bactérias)

Existem alguns tipos de bactérias que vivem sobre a pele, sem causar problemas graves à saúde, tais como a Propionibacterium acnes. Quando essas bactérias se acumulam, no entanto, isso pode ser um problema.

Quando em excesso, essas bactérias podem formar uma espécie de colônia nos poros obstruídos, para se alimentarem do sebo. Dessa forma, acabam provocando uma inflamação e resultando nos sintomas típicos da acne.

Hiperqueratose

A hiperqueratose, condição chamada também de hiperqueratinização, acontece quando a camada externa da pele sofre um espessamento.

Normalmente, essa hiperqueratinização acontece como uma forma de proteção natural da pele. Contudo, esse espessamento acaba impedindo que as células mortas sejam removidas com facilidade.

Somado à produção excessiva de sebo, isso acaba se tornando mais um fator desencadeante da acne, pois acaba provocando a obstrução do folículo piloso.

Fatores de risco

Os fatores de risco da acne estão muito próximos das causas. Em alguns casos, podem ser prevenidos e tratados com mais facilidade.

Alguns sintomas podem contribuir para o agravamento da acne, o que é importante para quem já sofre com a condição. Os principais motivos do surgimento da lesão são:

  • Predisposição genética;
  • Hereditariedade;
  • Estresse;
  • Infecção causada por bactérias;
  • Alterações hormonais;
  • Pele naturalmente oleosa;
  • Uso de produtos como hidratantes, protetor solar e maquiagens com composição gordura.

Além desses fatores, alguns pacientes podem perceber uma piora da acne diante de alguns alimentos gordurosos, como frituras e chocolates, por exemplo. No entanto, não existem estudos suficientes para afirmar que a dieta é um fator determinante para o aparecimento das espinhas.

Entretanto, o paciente pode conversar com o médico e, se assim for necessário, retirar da dieta o alimento que pode estar piorando as lesões.

Grupos de risco

A acne é uma doença muito comum e pode afetar todas as pessoas, de modo geral. Estima-se que 80% da população sofre, ao longo da vida, com algum tipo de acne.

Contudo, a prevalência é maior no período da adolescência (80%) e em pessoas do sexo masculino.

Outros grupos de risco incluem:

  • Gestantes;
  • Mulheres durante o período pré-menstrual;
  • Homens, de modo geral, pela predisposição genética e hormônios como o testosterona;
  • Pacientes em tratamento com remédios à base de cortisona e outros medicamentos com hormônios sintéticos.

Quais são os sintomas da acne?

Os sintomas da acne são facilmente reconhecidos, devido ao fato de ser tão comum esse tipo de problema de pele. Normalmente, as lesões aparecem no rosto, peito e costas. Podem aparecer também no pescoço, braços e glúteos, dependendo do tipo de acne.

As pessoas podem sentir, em casos mais graves, a presença de dor, coceira e irritação no local das lesões. É o caso da acne nas costas, uma vez que a região está em constante atrito com outras superfícies.

Existem seis principais tipos de lesões causada pela acne. São eles:

Cravos

Os cravos, também conhecidos por comedões, ocorrem pelo acúmulo de sebo nos poros entupidos da pele. Isso acontece pela produção excessiva de óleo ou por células mortas.

São bem comuns em pessoas com pele oleosa, mas acontece em quase todos os tipos de pele. Podem ser abertos (cravos pretos) ou fechados (cravos brancos).

Espinhas

São os sinais mais característicos da acne. Quando se fala em acne, é comum as pessoas associarem como sinônimo as espinhas.

Elas podem ter o aspecto semelhante aos cravos, com pontos brancos no centro e tom mais avermelhado em volta, podendo conter pus ou não.

Embora algumas pessoas sintam uma vontade grande de espremê-las, essa não é uma prática que deve ser feita, pois as espinhas podem inflamar e acabar gerando cicatrizes ao longo do tempo.

Pápulas

As pápulas são pequenos inchaços na pele, firmes e, em alguns casos, pontudos como as espinhas. Podem ser da mesma cor da pele ou apresentarem um tom mais avermelhado.

Pústulas

As pústulas são lesões parecidas com as pápulas, mas são mais inchadas e brancas devido ao acúmulo de pus. São lesões mais sensíveis e inflamatórias, que podem deixar cicatrizes se lesionadas.

Quando essas lesões acontecem de forma mais aglomerada e em grande quantidade, o paciente pode ser diagnosticado com a acne grave.

Nódulos

Normalmente, os nódulos são lesões maiores, sólidas e mais dolorosas, que acontecem dentro da derme, camada abaixo da epiderme.

Os tipos de acne que apresentam nódulos, geralmente, são mais difíceis de tratar, o que acontece também por ser um tipo inflamatório da doença.

Cistos

São considerados um sintoma grave causado pela acne. Normalmente, são maiores que os outros tipos de lesão e estão cheios de pus, se assemelhando a furúnculos.

Apresentam um risco maior de causar cicatrizes permanentes e por isso devem ser tratados precocemente.

Partes do corpo afetadas pela acne

A acne acontece, especificamente, na parte da pele chamada de unidade pilossebácea. Fazem parte dessa unidade o folículo piloso, a glândula sebácea e o pelo tipo vellus (cabelo mais fininho).

O surgimento de acnes no rosto, pescoço e região do tórax é mais comum, pois nessas partes do corpo a presença de glândulas sebáceas é maior.

No rosto, por exemplo, a quantidade de glândulas é mais prevalente, sendo de até 900 glândulas/cm², enquanto no restante do corpo é de 100 glândulas/cm².

No entanto, a acne pode se manifestar também em outras regiões do corpo, como braços, pernas, costas e glúteos.

Diagnóstico

O diagnóstico da acne, para identificar qual o tipo e tratamento adequado, costuma ser feito por um dermatologista. O tratamento, dependendo da causa, também pode ser feito com o acompanhamento de profissionais da área da endocrinologia ou ginecologia.

O reconhecimento do problema, geralmente, é feito pelo próprio paciente, que, insatisfeito com o impacto que a doença provoca na aparência, tende a buscar ajuda médica para se livrar das lesões na pele.

Para identificar o tipo de acne e a causa, o médico deve realizar um diagnóstico clínico e investigar o histórico do paciente, analisando os sintomas e fatores que podem estar causando as acnes.

Acne tem cura?

A acne é um problema de pele que pode ser tratado e curado, mas que exige cuidados constantes, pois pode ter remissão. Além de ter um acompanhamento médico, é preciso ter muita paciência durante o tratamento.

Os resultados podem demorar meses ou anos, dependendo do grau das lesões da acne e da causa que está provocando essa doença.

É importante, antes de tudo, investigar as causas e seguir corretamente os cuidados com a pele, que devem ser feitos diariamente.

Quando se trata de um caso mais grave de acne, é indispensável o auxílio de um dermatologista para evitar que a situação piore e que surjam cicatrizes.

Contudo, nesses casos, é possível ser positivo e pesquisar tratamentos estéticos que possam ajudar a amenizar as manchas e marcas deixadas pela doença.

Tratamentos

Existem vários métodos e técnicas para o tratamento da acne, o que deve ser feito de acordo com a orientação médica. Como cada pele reage de forma diferente, nem sempre o mesmo tratamento será eficaz para todos os casos.

O método usado deve ser escolhido de acordo com o tipo e o grau de acometimento da acne.

Quanto mais precoce for o tratamento, melhor será para o paciente no sentido de evitar cicatrizes e outras complicações, como baixa autoestima.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, entender a acne como algo normal da idade e deixar de lado o tratamento não é uma prática recomendada.

Além de ser uma questão de saúde da pele, ela também interfere em questões psicológicas.

O tratamento, sendo assim, pode ser feito com o uso de medicamentos via oral, com procedimentos estéticos e produtos específicos. Também pode ser feito por meio de uma combinação entre os tratamentos.

Em casos mais brandos, é possível tratar apenas com uma mudança de cuidados com a pele e com o uso de produtos que ajudam a controlar sua oleosidade.

Em todos os casos, sendo grave ou leve, é importante reforçar que para se ter um bom resultado no tratamento, o paciente não deve espremer ou cutucar as lesões, pois isso pode resultar em manchas e cicatrizes mais difíceis de tratar.

Conheça os principais tratamentos:

Medicamentoso

Quando há recomendação médica, o tratamento da acne pode ser feito através medicamentos de uso oral ou tópico (aplicados no local), como anti-inflamatórios e antibióticos específicos para esse tipo de problema.

Dependo da causa, pode ser realizado um tratamento hormonal ou a indicação de anticoncepcionais específicos para ajustar um possível desequilíbrio na produção dos hormônios, que esteja causando a acne.

Cirúrgico

O tratamento cirúrgico da acne deve ser feito quando existe a necessidade de extração de cravos, cistos e cicatrizes.

Normalmente, esse tipo de tratamento é feito para reparar as complicações que a acne causou na pele, sem pretensão de curar o problema.

Pessoas que permanecem com depressões na pele (buraquinhos), podem recorrer ao preenchimento com ácido hialurônico para amenizar as falhas causadas pelas lesões.

No caso das cicatrizes elevadas, a cirurgia plástica ajuda a nivelar a pele.

Estéticos

São feitos para ajudar a reduzir a oleosidade da pele, para remoção de cravos e para evitar a inflamação causada pelas lesões. Também servem para prevenir a doença e manter a pele saudável.

Limpeza de pele

A limpeza de pele é um tratamento estético e dermatológico bastante comum para a manutenção da saúde e beleza da pele, mas quando se trata de uma pele acneica é necessário que esse procedimento seja feito com alguns cuidados a mais.

De acordo com o tipo de acne, como no caso de acnes inflamatórias, o profissional precisa adaptar os processos, para não agravar ainda mais as lesões.

Diferente do que é feito em peles sem acne, por exemplo, a esfoliação em peles acneicas deve ser feita com o uso de produtos para esfoliação química, pois os grânulos presentes em produtos comuns podem machucar a pele do paciente.

Normalmente, a limpeza de pele é recomendada para que seja feita a extração dos cravos, a fim de impedir que os folículos pilossebáceos infeccionem.

Para saber com que frequência se deve realizar uma limpeza é necessário analisar o tipo de pele. Limpezas mais profundas não devem ser feitas frequentemente, pois podem acabar machucando a pele ou causando um efeito rebote, aumentando ainda mais a oleosidade cutânea.

Em casa, a limpeza deve ser feita de acordo com as recomendações médicas. O uso de produtos que não agridam a pele e que não estimulem a produção de sebo são fundamentais.

Recomenda-se que esse tipo de tratamento deve ser feito com um esteticista nos tipos de acne de grau I e II.

Em casos mais graves da doença, esse procedimento deve ser feito, preferencialmente, com o acompanhamento de um dermatologista.

Peeling

O peeling é um tipo de tratamento de microdermoabrasão de esfoliação, usado para remoção de células mortas e renovação da pele, o que ajuda a deixar a pele mais uniforme.

No caso da acne, é feito para ajudar a reduzir a oleosidade e amenizar cicatrizes e manchas superficiais causadas pela doença.

Isso acontece pois esse procedimento tem como objetivo proporcionar uma renovação das células da pele através de uma descamação.

Essa descamação pode ser induzida por dois tipos de peeling: físico ou químico. No peeling físico, essa renovação é induzida pelo uso de produtos abrasivos, lixas e aparelhos de microabrasão.

Para quem possui a pele acneica, o peeling químico pode ser o mais recomendado.

Ele é feito com aplicação de ácidos como o ácido salicílico e retinoico, responsáveis por proporcionar a remoção das camadas superficiais da pele, normalmente, as mais prejudicadas pelas lesões causadas pela acne.

Esse tipo de procedimento estético é considerado seguro, mas pode causar ardência e inchaço. Quando isso acontece, o paciente pode usar compressas geladas para aliviar a sensação de ardor.

Após realizar o peeling, alguns cuidados devem ser feitos, como evitar exposição ao sol, usar sabonetes neutros e o uso de protetores solares para peles sensíveis.

O peeling pode ser feito juntamente com a limpeza de pele, mas para entender qual será o tratamento que trará os melhores resultados, é importante se informar com um dermatologista.

Laser e tratamentos de radiofrequência

Normalmente, são indicados para pacientes que apresentam manchas e cicatrizes das lesões.

A laserterapia, por exemplo, pode ser recomendada devido a ação anti-inflamatória e bactericida da luz laser. Também proporciona benefícios por ajudar a reorganizar o colágeno da pele.

Métodos alternativos

Os tratamentos alternativos para a acne são inspirados em técnicas da Medicina Tradicional Chinesa. São pensados como complementos aos tratamentos tradicionais, usados também para a prevenção dessa e de outras doenças.

Algumas das técnicas são a auriculoterapia (estimulação dos pontos da orelha), fitoterapia (plantas medicinais) e a acupuntura.

Esses tratamentos podem ajudar a reduzir a oleosidade da pele, além de contribuir para a redução da inflamação.

São técnicas consideradas interessantes no sentido de proporcionar uma melhora física, emocional e hormonal do paciente.

Medicamentos: quais são os remédios para acne?

Os remédios para acne podem ser de uso tópico ou por via oral.

Podem ser cremes, pomadas, geis, antibióticos e anticoncepcionais. Devem ser usados de acordo com a prescrição médica e com o acompanhamento de um especialista.

Pomadas, cremes e geis

Os medicamentos de uso tópico são indicados para aplicação direta sob as lesões e devem ser usados de acordo com recomendação médica, para evitar complicações.

A dosagem e a frequência de uso devem ser feitos de forma gradativa, começando com medicamentos de baixa concentração e aumentando de acordo com a necessidade.

Dependendo do tipo de pele, a apresentação do medicamento pode variar. Por exemplo, recomenda-se o uso de cremes para pessoas com a pele seca, geis para peles oleosas e soluções para a aplicação em áreas maiores, como tórax e costas.

Esses cremes para acne apresentam em sua composição a presença de antibióticos e retinoides (forma oxidada de vitamina A), que ajudam a diminuir a inflamação, proporcionam renovação das células e reduzem a produção de oleosidade.

Alguns exemplos de medicamentos tópicos usados para tratar a acne são os que apresentam os princípios ativos ácido salicílico e clindamicina.

Outros incluem:

Retinoides tópicos

Os retinoides tópicos trabalham reduzindo a produção de sebo e evitando o entupimento dos folículos pilosos pelas células mortas da pele.

Dentre os retinoides mais utilizados no tratamento da acne estão os que contêm tretinoína (Vitacid) e adapaleno, disponíveis em forma de gel ou creme.

Normalmente, a aplicação é realizada uma vez ao dia, preferencialmente antes de dormir ou de acordo com a orientação médica.

Devem ser aplicados na região afetada pela acne, normalmente 20 minutos após a higienização da área.

É importante salientar que o uso desses medicamentos deve ser feito com moderação, além de ser necessário evitar a exposição excessiva à luz solar e/ou a ultravioleta (UV).

Retinoides tópicos não são adequados para utilização durante a gravidez, pois há um risco de causar problemas ao feto. Os efeitos colaterais mais comuns são uma ligeira irritação e ardor da pele.

Normalmente é necessário seis semanas para o tratamento, mas pode ser aconselhado a continuação após esse período, com redução da frequência de uso.

Antibióticos tópicos

Os antibióticos tópicos, disponíveis em loção ou gel, ajudam a eliminar as bactérias que favorecem a infecção dos folículos pilosos. Devem ser aplicados entre 1 a 2 vezes ao dia, durante 6 a 8 semanas, ou de acordo com as recomendações passadas pelo médico dermatologista.

O tempo de tratamento não deve ser muito prolongado, pois existe o risco das bactérias se tornarem resistentes ao medicamento. Os efeitos colaterais são raros, mas podem incluir irritação, vermelhidão, ardor e descamação da pele.

Peróxido de benzoíla

O peróxido de benzoíla ajuda a prevenir que os folículos pilosos fiquem entupidos pelo acúmulo de células mortas e contribui para que as bactérias na pele sejam eliminadas.

Normalmente, é utilizado em creme ou gel, sendo recomendado o uso entre 1 a 2 vezes por dia. A aplicação deve ser feita 20 minutos após a higienização da pele.

É importante ter cuidado com o uso e seguir sempre as recomendações médicas, pois esse medicamento pode deixar a pele sensível.

Após a aplicação, o paciente deve evitar a exposição à luz solar e ultravioletas (UV), utilizando sempre um protetor solar adequado.

Além disso, devido ao efeito de branqueamento do medicamento, é importante tomar cuidado ao passar o produto perto do cabelo ou roupas.

Os efeitos adversos podem incluir sintomas como pele seca, ardor, coceira, descamação e vermelhidão da pele. Normalmente, os efeitos colaterais são brandos e tendem a melhorar uma vez que o tratamento tenha terminado.

O tempo de tratamento pode variar para cada paciente, podendo levar, em média, 6 semanas.

Para saber se o tratamento deve continuar por um período maior ou deve ser interrompido, é importante ter um acompanhamento médico.

Ácido azelaico

É frequentemente utilizado como um tratamento alternativo para a acne, quando os efeitos secundários de peróxido de benzoíla ou retinoides tópicos são incômodos.

O ácido azelaico funciona removendo células mortas e eliminando as bactérias presentes na pele.

A aplicação deve ser feita de acordo com a recomendação médica. Geralmente, recomenda-se o uso de 1 a 2 vezes por dia, quando a pele é sensível.

O tempo de uso receitado pode variar, mas o mais comum é que o paciente tenha de utilizar o produto por durante um mês para conseguir bons resultados.

Esta medicação não deve provocar sensibilidade à luz solar, deste modo,o paciente não precisa evitar a exposição ao sol.

Os efeitos secundários do ácido azelaico geralmente são leves e podem incluir sintomas como coceira, pele seca, vermelhidão, ardor e irritação na pele.

Antibióticos orais (comprimidos)

O uso de comprimidos, normalmente, é iniciado quando o paciente não responde bem aos tratamentos com produtos específicos para aplicar direto nas lesões.

Por isso, podem ser utilizados antibióticos orais específicos, tais como os que fazem parte da classe das ciclinas, macrolídeos ou sulfas.

Alguns deles incluem:

O tempo de tratamento com o uso de antibióticos, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, deve ser feito por três meses, no máximo.

Normalmente, é realizado em 1 ou em até 3 ciclos, o que deve variar de acordo com cada paciente.

Além do uso de antibióticos, dependendo da causa, a acne pode ser amenizada com o tratamento hormonal, normalmente realizado com o uso de anticoncepcionais orais.

Isotretinoína (Roacutan)

A isotretinoína, mais conhecida pelo nome comercial Roacutan, é um dos medicamentos mais famosos para o tratamento de acne.

Ele deve ser utilizado sempre sob recomendação médica e quando o paciente não apresenta uma boa resposta diante dos outros tipos de tratamento.

Quando o médico avalia que o paciente tem uma tendência maior para cicatrizes e que a acne está causando um grande prejuízo físico e emocional, esse medicamento pode ser receitado.

É importante saber, a respeito desse remédio, que ele também pode causar efeitos colaterais como o ressecamento da pele do corpo, dos lábios, nariz e olhos, além do aumento dos níveis de colesterol, triglicerídeos e enzimas hepáticas.

Por causa dessas reações adversas, o paciente em tratamento com a isotretinoína deve realizar exames de sangue antes e durante o uso.

Em gestantes, esse tratamento é contraindicado, pois ele pode causar danos graves ao bebê.

Por esse risco, as mulheres só devem iniciar o tratamento após descartar a possibilidade de uma gestação com um teste e após o início da menstruação.

Além disso, durante o tratamento, é importante reforçar os cuidados no uso de anticoncepcionais ou outros métodos contraceptivos.

Esse remédio não demonstra ser um risco para gestações futuras, mas é aconselhável que o uso de anticoncepcionais seja mantido, no mínimo, durante um mês após o término do tratamento.

Anticoncepcionais

Algumas pílulas anticoncepcionais ajudam a tratar o surgimento das espinhas por controlarem os níveis hormonais (androgênios), que provocam maior oleosidade da pele e favorecem o surgimento das acnes.

O Diane 35, Diclin, Aixa, Belara e outras marcas são alguns exemplos.

Mas para saber qual será o melhor, é preciso conversar com uma ginecologista.

Remédio para espinhas na gravidez

Durante a gestação, devido às variações hormonais, pode ocorrer um surgimento inesperado de espinhas e outros sintomas da acne nas mulheres. Por ser um período mais sensível, os cuidados com remédios devem ser redobrados.

Leia mais: Grávida pode tomar paracetamol?

Portanto, não se deve tomar nenhum remédio para acne sem consultar um médico.

Isso porque existem medicamentos não testados em gestantes ou que possuem substâncias que podem oferecer risco à saúde da mulher e do bebê, como alguns antibióticos, ácido retinoico, ácido salicílico e isotretinoína.

Para conter o surgimento das espinhas, as gestantes podem também optar pelos cuidados mais simples com a pele, como fazer limpeza de pele em clínicas de estética e higienização correta da pele no dia a dia.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Convivendo

Para conseguir passar pelo tratamento da acne sem sofrer grandes complicações, é necessário entender que o convívio com esse tipo de doença precisa de alguns cuidados e até mesmo exercícios diários de autoaceitação.

Algumas dicas podem ajudar nesse momento:

Procure um dermatologista

Nem sempre é possível se livrar da acne apenas com mudança de hábitos e com o uso de produtos antiacne comprados sem prescrição, principalmente nos tipos mais graves de lesão.

Por isso, um dos passos mais importantes no convívio com essa doença é procurar a orientação de um profissional especializado.

Evite tratamentos caseiros

Não é necessário uma longa pesquisa pela internet para encontrar diversas receitas que prometem acabar com a acne e, milagrosamente, fazer desaparecer todas as lesões.

O uso de produtos que não apresentam qualquer comprovação científica de que realmente funcionam para o tratamento da acne devem ser evitados. Experimentar todos os tipos de ingredientes caseiros sob as lesões pode acabar agravando ainda mais a inflamação.

Portanto, tenha cuidado com os produtos que passa na pele e procure sempre ouvir um especialista.

Não cutuque ou esprema as lesões

É importante resistir a vontade de ficar cutucando ou espremendo os cravos e espinhas, pois esse hábito pode acabar agravando a inflamação. Além disso, pode levar ao surgimento de manchas e cicatrizes permanentes na pele.

Siga as orientações médicas

Use os medicamentos e os produtos de acordo com a orientação feita pelo médico responsável e busque manter uma rotina de cuidados com a pele, assim os resultados do tratamento serão melhores.

Tenha paciência

É importante ter calma e paciência durante o convívio com a acne, pois por melhor que seja o tratamento, nenhum deles é milagroso. As lesões podem demorar para cicatrizar e, enquanto isso, é fundamental que o paciente não desanime ou abandone os cuidados.

Não deixe a acne ser um obstáculo

Por mais difícil que seja lidar com as mudanças que a acne traz para a vida e como ela interfere negativamente na forma como nos enxergamos, é importante tentar superar essa dificuldade.

É fundamental não deixar que essa doença te impeça de realizar as atividades do seu dia a dia. É possível ter uma vida social com acnes, portanto, não abra mão de estudar, trabalhar, ter um relacionamento, ir à festas e outros compromissos por causa das lesões.

Cuide de sua saúde mental

A acne pode ser um gatilho para problemas como a ansiedade, depressão e fobia social, pois é comum que interfira na autoestima de quem sofre com a doença. Por isso, além do tratamento dermatológico, pode ser necessário um acompanhamento com um psicólogo.

Prognóstico

A acne é uma doença que apresenta prognóstico positivo. Em grande parte dos casos, a remissão acontece por volta dos 20 anos de idade, considerando que a sua maior prevalência ocorre no período da adolescência.

Em alguns casos, ela prevalece após esse período, podendo se manifestar até os 40 anos de idade, acometendo em maior número mulheres adultas.

Nas pessoas, de modo geral, a acne pode provocar lesões leves e ocasionais ao longo da vida, raramente deixando cicatrizes.

Por ter tratamento e formas de prevenção (em alguns tipos), a acne normalmente não deixa complicações ou sequelas maiores. Em casos de acne mais graves, o paciente pode sofrer com manchas e cicatrizes, que podem ser amenizadas com tratamentos estéticos.

Os maiores impactos da doença se relacionam com o modo como ela afeta o humor, a autoestima e a ansiedade do paciente.

Devido ao estresse emocional e os problemas sociais causados pela acne, pode ser necessário um acompanhamento psicológico para que o paciente possa lidar com esse momento e com as suas emoções.

Complicações

As principais complicações da acne são os problemas que ela traz para o psicológico dos pacientes, principalmente quando acomete adolescentes, fase de grandes inseguranças sobre o próprio corpo.

Nesse sentido, a acne pode provocar complicações como prejuízo da autoestima, insegurança, infelicidade e timidez. Por esses motivos, a acne também pode levar o paciente a um quadro de depressão.

Fisicamente, as complicações que a acne pode deixar são manchas e cicatrizes das lesões, o que se relaciona com as complicações emocionais da doença.

Cicatriz atrófica ou deprimida

Este tipo de cicatriz provoca furos pequenos e profundos na superfície da pele. Se divide em três tipos: boxcar, ice pick e rolling.

Essas denominações são correspondentes ao formato das depressões causadas pela acne.

No caso das cicatrizes do tipo ice pick, as depressões são mais profundas, mas na superfície as marcas se parecem como uma pele perfurada por um objeto pontiagudo.

No caso dos tipos boxcar e rolling, as depressões são maiores, como crateras na pele.

Cicatriz hipertrófica ou elevada

Ao contrário da cicatriz atrófica, esse tipo de cicatriz provoca elevações na pele, deixando a pele irregular.

Como prevenir?

Tão importante quanto o tratamento são os hábitos preventivos. Alguns cuidados básicos ajudam a manter a oleosidade da pele sob controle, o que ajuda a evitar o surgimento da acne. Veja algumas dicas importantes:

Manter a pele limpa

Mesmo sabendo que a presença de acne não significa falta de higiene, uma vez que envolve outros fatores, é importante saber também que manter a pele com uma higiene adequada pode evitar que elas apareçam.

Por isso, pessoas que apresentam uma predisposição ou que possuem pele mais oleosa, devem recorrer ao uso de sabonetes e produtos de limpeza adequados para esse tipo de pele.

Normalmente, o recomendado é higienizar a pele duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. Lavar o rosto em excesso pode acabar provocando o efeito rebote, pois ao retirar toda a oleosidade da pele, o organismo pode entender que é necessário a produção de mais sebo.

O dermatologista pode recomendar o uso de sabonetes secativos, que normalmente são vendidos em farmácias sem prescrição médica. Algumas opções que podem ajudar são os produtos à base de ácido salicílico, camomila e enxofre.

Cuidar com a temperatura da água

Banhos muito quentes também não são bons para a saúde da pele, nem mesmo durante o inverno. Para ajudar a mantê-la saudável, deve-se preferir banhos mornos.

É importante ter cuidado com a água quente porque ela prejudica a barreira protetora da pele, causando ressecamento. A longo prazo, pode acabar provocando um efeito craquelado na pele, o que pode causar sintomas como coceira e vermelhidão.

Por esses motivos, as glândulas sebáceas podem começar a produzir mais oleosidade, por entenderem que a pele está desprotegida. Como resultado dos banhos quentes, a pele acaba ficando desidratada e oleosa.

Usar hidratantes

Pele seca, oleosa, mista, comum ou acneica: todas precisam de hidratação. É comum existir um certo receio do uso de hidratantes quando se tem pele oleosa, mas nesses casos também é indispensável essa prática.

É importante entender que oleosidade e hidratação são coisas diferentes. A oleosidade está relacionada a produção de sebo em excesso, enquanto a hidratação se refere a quantidade de água na pele.

Não só na prevenção a hidratação é importante, mas também durante o tratamento. Existem produtos e medicamentos para acne que promovem o ressecamento da pele.

Por isso, pessoas com pele acneica ou oleosas não precisam ter medo de hidratantes. Existem várias produtos pensados para esses tipos de pele.

Dessa forma, além de ouvir as recomendações do dermatologista, as pessoas com pele mais oleosa devem prestar atenção aos rótulos, preferindo os produtos que se dizem oil free, oil control, efeito mate e toque seco.

Evitar cosméticos comedogênicos

Cosméticos denominados comedogênicos recebem esse nome porque são capazes de provocar comedões, isto é, o entupimento dos poros. Para evitar a acne, é necessário ficar longe deles.

Deve-se, então, buscar produtos sem óleo na composição. Mesmo que sejam de um custo mais elevado, investir em bons produtos ajuda a manter a saúde da pele em dia.

Realizar consultas periódicas

Disfunções hormonais, muitas vezes, são a causa do surgimento da acne. Por isso, investigar se está tudo bem na produção dos hormônios é importante, pois pode se tratar de um problema no sistema endócrino.

Exames preventivos e consultas regulares são bem-vindas e ajudam a evitar a acne causada por esse motivo.

Perguntas frequentes

Por que o estresse causa acne?

Porque quando estamos diante de situações estressantes o córtex cerebral sofre interferências e acaba provocando um aumento na produção de cortisol, o que acaba aumentando a atividade das glândulas sebáceas.

Consequentemente, elas produzem sebo em excesso e resulta na presença dos cravos e espinhas.

Posso usar antibiótico ou anti-inflamatório para espinha inflamada?

O ideal é que um(a) dermatologista seja consultado(a), para indicar o melhor tratamento. Nenhum anti-inflamatório ou, sobretudo, antibiótico deve ser usado sem receita médica, podendo trazer riscos à saúde.

Para aquelas espinhas doloridas, com aspecto inflamado, indica-se fazer compressas mornas com água e hidratação da pele.

Quais os melhores remédios para espinha: comprimido ou creme?

O ideal é que haja uma consulta dermatológica para avaliar o quadro. O melhor tratamento, incluindo o tipo de medicamento (creme, gel, comprimido) deve ser orientado conforme a avaliação médica.

Em geral, os tratamento sistêmicos, ou seja, em comprimidos, são utilizados em quadros intensos ou severos de acne, em que somente remédios tópicos são surtem efeito.

Anti-inflamatórios são usados no tratamento da acne?

Em geral, sim, mas não aqueles comprimidos que vendem em farmácias. Os agentes empregados para combater a inflamação da pele acneica são substância presentes nos produtos de higiene da pele.

Adstringentes, hidratantes e tônicos podem conter compostos que controlam e reduzem inflamações, melhorando o aspecto da pele.

Quais remédios para acne que não precisam de receita?

Há várias opções de produtos que podem ser adquiridos sem receita médica, mas eles são destinados à limpeza da pele, hidratação ou tonificação. Há, ainda, sabonetes ou géis que atuam acelerando a cicatrização de espinhas e diminuição dos cravos, por exemplo:

Masturbação ou falta de sexo causam acne?

Não. Não existem comprovações científicas que relacionam tais comportamentos com o surgimento de acne.

Por isso, é importante que as pessoas saibam dessa informação, pois muitas vezes esse mito é usado para constranger pessoas que sofrem com acne, o que torna o convívio com a doença ainda mais complicado.

Acne é sinal de falta de higiene?

Não. A acne não é uma doença relacionada a falta de higiene, ou seja, pessoas com pele acneica não são menos limpas do que as que não possuem acne.

A causa da acne, normalmente, acontece por um resultado da ação das glândulas sebáceas. Os bloqueios, sendo assim, acontecem nos canais mais estreitos da pele, onde não seria possível lavar.

A acne pode ser hereditária?

Sim. Um dos fatores de risco da acne é a predisposição genética. Características como o tamanho da glândula sebácea, a forma como ela se desenvolve durante a puberdade e a produção anormal de queratina no folículo pilossebáceo são coisas que podem ser transmitidas por herança genética.

Por que as lesões da acne aparecem no mesmo lugar?

Existem áreas da pele que estão mais propensas ao surgimento de acnes, pois há a presença de um número maior de folículos pilossebáceos microscópicos.

Por estarem agrupados, quando ocorre uma inflamação, mesmo que seja em um folículo diferente, a sensação é de que a lesão surge sempre no mesmo local.

Também pode acontecer da lesão não se curar totalmente, estando parcialmente melhor e depois retornando a um quadro mais grave.

Maquiagem piora a acne?

Os cosméticos não são a causa da acne e por isso não precisam ser evitados. Existem produtos desenvolvidos para peles acneicas, que ajudam a prevenir que os poros sejam obstruídos.

Quem sofre com acne deve optar sempre por maquiagens desse tipo, que não apresentam óleo na composição. Por isso, não é necessário deixar de usar maquiagem.

Usando os produtos certos e removendo a maquiagem adequadamente todos os dias ela não deve piorar.

Essas dúvidas podem ser esclarecidas também durante a consulta com um dermatologista, que, avaliando cada caso em específico, saberá dizer o que será o melhor para cada pele.

Existe relação entre dieta e o surgimento da acne?

Associar uma alimentação rica em açúcares e gorduras com o surgimento da acne é algo tão comum que, para muitas pessoas, é uma verdade absoluta.

Contudo, ainda não é possível afirmar que existe uma dieta capaz de mudar totalmente o surgimento da acne.

Essa relação é sempre questionada e vem sendo estudada há anos por diversos grupos de pesquisa, no entanto ainda não existe um consenso que sirva para todos os pacientes.

Sabe-se que o consumo exagerado de açúcares e níveis elevados de insulina (hiperinsulinemia) podem provocar um aumento na produção dos hormônios andrógenos.

Consequentemente, oscilações hormonais podem provocar o surgimento de acne.

Dessa forma, mesmo sem existir uma comprovação entre uma relação dieta e a acne, recomenda-se que os pacientes, ao perceberem uma piora do quadro diante do consumo de algum alimento, os evitem.

De forma geral, uma alimentação saudável é indicada para todas as pessoas, para a saúde da pele e do organismo em geral.

Por que a acne é mais comum nos homens?

Os homens estão mais propensos ao surgimento da acne pois apresentam uma produção maior dos hormônios andrógenos.

Esse tipo de hormônio, presente em ambos os sexos, estimula o funcionamento das glândulas sebáceas.

Quando acontece um estímulo maior do que o esperado, esse hormônio acaba provocando maior produção de sebo e, consequentemente, resulta na acne.


A acne é uma doença de pele que se manifesta de diferentes tipos e graus, podendo ser leve para algumas pessoas e bastante grave para outras.

A maioria das pessoas vivenciam esse problema durante a adolescência, período marcado por mudanças no corpo, inseguras e conflitos típicos da idade.

Com o surgimento dos cravos e espinhas, passar por essa fase pode ser ainda mais complicado.

Muitos pacientes, na adolescência ou fase adulta, sofrem com problemas de autoestima por causa da acne.

Por isso, é considerada uma doença que interfere também em questões emocionais e sociais, podendo levar o paciente a exclusão.

Quanto mais precoce for o diagnóstico e o tratamento, melhor será para o paciente, em todos os aspectos.

Pela sua saúde física e mental, é importante conhecer os tipos de tratamento e saber que é possível viver livre da acne ou, no mínimo, mantê-la controlada.

Se você sofre com esse tipo de problema ou já passou por essa condição, fique a vontade para nos deixar seu relato no espaço de comentários.

Obrigada pela leitura!

Fontes consultadas

Imagem do profissional Paulo Caproni
Este artigo foi escrito por:

Dr. Paulo Caproni

CRM/PR: 27679CompletarLeia mais artigos de Dr. Paulo
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